A Hidrovia da Lagoa Mirim, localizada na fronteira entre o Brasil e o Uruguai, está no centro de um projeto que promete melhorar a logística e a integração entre os dois países. Com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) liderando os trabalhos, o processo de concessão avança, trazendo expectativas de modernização e eficiência para o transporte aquaviário na região.
O que está em jogo?
A Lagoa Mirim, com seus cerca de 140 km de extensão, incluindo o Canal de São Gonçalo, ainda não é uma rota navegável para embarcações comerciais. No entanto, estudos recentes apontam seu potencial para se tornar uma via importante para o escoamento de grãos e outros produtos. O projeto de concessão, que envolve investimentos de aproximadamente 43,5 milhões de dólares, tem como foco principal tornar a hidrovia funcional e segura para o transporte de cargas.
O Ministério de Portos e Aeroportos, em parceria com o Uruguai, está trabalhando para garantir que a iniciativa traga benefícios mútuos. A previsão é que, até junho de 2026, um terminal portuário esteja em operação, facilitando a movimentação de mercadorias entre os dois países e conectando a região ao Oceano Atlântico.
A ANTAQ
A agência iniciou uma etapa de coleta de subsídios para ajustar a modelagem do projeto, garantindo que ele seja atrativo para investidores e eficiente para os usuários. Após essa fase, será aberta uma consulta pública para receber contribuições da sociedade e de especialistas.
Entre os serviços previstos estão a dragagem do Canal de Sangradouro, levantamentos hidrográficos, sinalização e balizamento da via, além da revitalização da barragem e eclusa de São Gonçalo. Essas melhorias são essenciais para garantir a navegabilidade e a segurança do tráfego aquaviário.
Benefícios para o Mercosul
A concessão da Hidrovia da Lagoa Mirim não é apenas um marco para o Brasil e o Uruguai, mas também para o Mercosul. A iniciativa deve fortalecer o comércio, facilitando o transporte de produtos entre os países membros e ampliando as rotas de exportação.
O projeto também complementará outras vias importantes, como a Hidrovia do Rio Paraguai, favorecendo uma rede de transporte aquaviário que vai impulsionar o desenvolvimento econômico da região.
Próximos Passos
Com a coleta de subsídios em andamento, a expectativa é que, a partir de fevereiro de 2025, as contribuições sejam formalizadas por meio de um formulário eletrônico disponível no site da ANTAQ. O processo de consulta pública será fundamental para refinar os detalhes técnicos e jurídicos do projeto.
O cronograma prevê que, até 2026, as obras estejam em fase final, com o terminal portuário pronto para operar. A concessão terá duração de 15 anos, período em que serão realizados investimentos contínuos para manter a infraestrutura em boas condições.
FAQ
1. Qual é o objetivo da concessão da Hidrovia da Lagoa Mirim? O projeto visa tornar a hidrovia navegável, melhorando a logística de transporte de cargas entre o Brasil e o Uruguai e fortalecendo o comércio regional.
2. Quais serviços estão previstos no projeto? Entre os serviços estão: dragagem, sinalização, balizamento, levantamentos hidrográficos e revitalização da barragem e eclusa de São Gonçalo.
3. Quando o terminal portuário deve entrar em operação? A previsão é que o terminal esteja pronto até junho de 2026.