O Governo de Mato Grosso do Sul anunciou mudanças no edital da Rota da Celulose, um sistema rodoviário que integra as rodovias federais BR-262 e BR-267 e as estaduais MS-040, MS-338 e MS-395. O objetivo é tornar o projeto mais atrativo para investidores, com ajustes no cronograma de investimentos e na estrutura financeira. O leilão da concessão está marcado para 8 de maio, após a publicação do edital, prevista para o fim de janeiro.
A Rota da Celulose é um eixo fundamental para o transporte de insumos no estado, conectando grandes fábricas, como as unidades da Suzano em Ribas do Rio Pardo e da Eldorado Brasil em Três Lagoas, aos mercados nacional e internacional. O projeto, que já havia sido levado a leilão em dezembro de 2024, foi retirado da pauta devido à falta de interesse dos investidores, influenciada pelo cenário econômico desfavorável e pela concorrência com outros leilões rodoviários.
[h2] Ajustes no projeto
Uma das principais alterações no edital foi o alongamento do cronograma de investimentos. O plano original previa cerca de R$ 9 bilhões em obras e custos operacionais ao longo de 30 anos, com 70% das obras concluídas em três anos. Agora, o governo estadual, por meio da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), optou por distribuir os custos de forma mais equilibrada ao longo do contrato. Essa medida visa melhorar a taxa de retorno para os investidores, tornando o negócio mais rentável.
O projeto inicial incluía a duplicação de 116 quilômetros de vias, a construção de 198 quilômetros de terceira pista e intervenções em contornos e vias marginais. Além disso, previa a instalação de 12 praças de pedágio, com tarifas variando entre R$ 4,47 e R$ 91,20. Com as mudanças, o cronograma financeiro foi ajustado para oferecer maior flexibilidade no desembolso dos investimentos iniciais, atendendo às demandas dos investidores.
Importância da Rota da Celulose
A Rota da Celulose é essencial para o escoamento da produção de celulose no estado, um dos principais produtos de exportação de Mato Grosso do Sul. A conexão entre as fábricas e os portos nacionais e internacionais depende diretamente da eficiência desse sistema rodoviário. Com as melhorias previstas, espera-se um aumento na capacidade de tráfego e uma redução nos custos logísticos, beneficiando tanto as empresas quanto a economia local.
A gestão e fiscalização do contrato ficarão sob responsabilidade do governo estadual, que estruturou a concessão sem o envolvimento direto do governo federal. Essa autonomia permite maior agilidade na tomada de decisões e na implementação das obras.
Próximos passos
Após a publicação do edital, será aberto um período de consulta pública para receber contribuições e sugestões de entidades e investidores. O leilão está programado para 8 de maio, e a expectativa é que as mudanças no projeto atraiam um número maior de interessados.
Com os ajustes realizados, o governo espera garantir a competitividade do certame e viabilizar a execução das obras, que trarão benefícios diretos para a infraestrutura do estado e para o setor produtivo.
FAQ
- O que é a Rota da Celulose?
A Rota da Celulose é um sistema rodoviário que integra rodovias federais e estaduais no Mato Grosso do Sul, conectando fábricas de celulose aos mercados nacional e internacional.
- Quais são as principais mudanças no edital?
As principais mudanças incluem o alongamento do cronograma de investimentos e a distribuição mais equilibrada dos custos ao longo do contrato de 30 anos.
- Quando ocorrerá o leilão da Rota da Celulose?
O leilão está marcado para 8 de maio, após a publicação do edital, prevista para o fim de janeiro.
- Quais empresas se beneficiam com a Rota da Celulose?
Empresas como a Suzano e a Eldorado Brasil, que possuem unidades no estado, são diretamente beneficiadas pela eficiência logística proporcionada pela rota.
- Quem fiscalizará o contrato da concessão?
A gestão e fiscalização do contrato ficarão sob responsabilidade do governo estadual, por meio da Semadesc.