A Ponte Metálica, que conecta Teresina, no Piauí, a Timon, no Maranhão, está em situação crítica, segundo um relatório recente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI). O documento, resultado de uma inspeção detalhada, alerta para a necessidade de reparos imediatos e a instalação de um sistema de monitoramento para evitar riscos maiores.
A estrutura, que também abriga uma linha férrea, é administrada pela empresa FTL, responsável pela concessão federal. Apesar de ainda cumprir sua função, os sinais de desgaste são evidentes e exigem ações rápidas para garantir a segurança do tráfego.
Problemas identificados na inspeção
Durante a avaliação, o Crea-PI comparou o projeto original da ponte com sua condição atual. Um dos pontos mais críticos é o Pilar 4, onde foi detectada uma redução na área de suporte devido à erosão. As estacas que sustentam o pilar estão expostas, especialmente na parte submersa, o que aumenta o risco de comprometimento estrutural.
Outro problema grave é a corrosão no elemento de apoio, que exige a remoção do concreto danificado e a aplicação de uma nova camada de pintura com reforço. A situação é agravada pelo avançado estado de deterioração, que pode piorar com o aumento do volume do rio durante o período de chuvas.
Recomendações do Crea-PI
O relatório destaca a urgência de três medidas principais:
- Instalação de um sistema de monitoramento para verificar possíveis desníveis e movimentos na estrutura.
- Realização de manutenção e reforço nos pontos críticos, como o Pilar 4 e o elemento de apoio.
- Testes adicionais para avaliar a espessura e a estabilidade da ponte.
O Crea-PI também informou que a FTL já apresentou um plano de manutenção, mas o órgão reforça a necessidade do sistema de monitoramento para detectar possíveis falhas graves antes que se tornem irreversíveis.
Próximos passos
O relatório será encaminhado ao Ministério Público Federal, Estadual e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que a Ponte Metálica é um bem tombado. Caberá ao MPF acionar a empresa responsável para que as adequações necessárias sejam feitas.
Apesar da gravidade da situação, o Crea-PI ressalta que ainda não há indicação para a interdição da ponte. No entanto, a demora na execução das obras pode colocar em risco a segurança da estrutura e dos usuários.
FAQ
1. Qual é o principal problema da Ponte Metálica? O desgaste estrutural, especialmente no Pilar 4 e no elemento de apoio, que sofre com corrosão e erosão.
2. Quem é responsável pela manutenção da ponte? A empresa FTL, que detém a concessão federal da estrutura.
3. O que recomenda o Crea-PI? A instalação de um sistema de monitoramento, manutenção imediata e reforço nos pontos críticos.
4. A ponte será interditada? Ainda não há previsão de interdição, mas a situação exige ações rápidas para evitar riscos.
5. Para onde será enviado o relatório? Ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público Estadual e ao Iphan.