Por Roberto Kochen
Essa estimativa, apontada por diversos estudos, é um alerta grave sobre os impactos diretos da negligência em infraestrutura para a economia do país.
Empresas enfrentam gargalos logísticos, dificuldades no transporte, instabilidade no fornecimento de energia e limitações no acesso a serviços básicos — fatores que afetam diretamente a competitividade nacional. O recente rompimento de uma ponte entre Tocantins e Maranhão escancara a precariedade de estruturas essenciais e reforça a urgência de investimentos estratégicos.
Infraestruturas antigas, sem manutenção adequada, tornam-se riscos iminentes. E o problema não se restringe ao que não foi feito — o que foi construído, muitas vezes, está longe de padrões mínimos de qualidade e longevidade. Enquanto em outros países obras de grande porte são projetadas para durar 100 anos, aqui ainda se fala em 50 anos como referência.
Esse descompasso exige uma mudança de mentalidade. Precisamos de uma engenharia que planeje com visão de futuro, que execute com excelência técnica e que priorize a durabilidade, eficiência e sustentabilidade das soluções. Rodovias, ferrovias, metrôs, portos e centros urbanos não podem mais esperar.
Investir em infraestrutura é investir no desenvolvimento. E o Brasil só se posicionará como uma potência global nas próximas décadas se tratar suas obras com a seriedade e o padrão técnico que a engenharia nacional é plenamente capaz de entregar
