Os modelos matriciais em empresas de execução de obras, embora ofereçam certa flexibilidade e integração entre diferentes áreas, podem apresentar deficiências significativas.
Uma das principais desvantagens está na sobreposição de responsabilidades e na ambiguidade de comando.
Em um ambiente matricial, os colaboradores respondem frequentemente a dois ou mais gestores, o que pode gerar conflitos de prioridades, falta de clareza sobre a quem prestar contas e até mesmo divergências em instruções, prejudicando a coordenação e a fluidez das operações.
Outra deficiência recorrente é a dificuldade em garantir uma alocação eficiente de recursos.
Em empresas de execução de obras, que operam com prazos e orçamentos rigorosos, a falta de clareza sobre quem é responsável por determinada atividade ou o compartilhamento excessivo de recursos entre diferentes projetos pode levar a atrasos e falhas no cumprimento de metas.
O tempo necessário para gerenciar conflitos de interesse entre gerentes de diferentes áreas ou projetos também pode se tornar um fator limitante na velocidade de execução.
Por fim, os modelos matriciais podem comprometer a accountability (responsabilização), uma vez que a distribuição horizontal de responsabilidades dificulta identificar quem, de fato, é responsável pelos resultados.
Em obras, onde o acompanhamento rigoroso de cronogramas e entregas é vital, essa dispersão pode afetar negativamente a eficiência e a qualidade do trabalho, além de aumentar o risco de erros e retrabalhos.
A maturidade do time deve contemplar a complexidade gerencial do modelo matricial, sob o risco de nada acontecer.
Denise Marinho.
Recursos Humanos.