A Linha 16-Violeta, um dos projetos mais aguardados para o transporte público na capital paulista, pode ter seu leilão realizado ainda em novembro de 2024. A antecipação do cronograma foi possível após o interesse demonstrado pela Acciona, empresa espanhola com vasta experiência em infraestrutura. Os estudos preliminares, que serão entregues ao governo do estado em maio, são o primeiro passo para a elaboração do edital de concessão.
O processo envolve uma série de etapas, como consultas públicas, audiências e rodadas de apresentação para possíveis investidores. Se tudo seguir conforme o planejado, a assinatura do contrato pode ocorrer no primeiro semestre de 2026, com o início das obras logo em seguida. A previsão é que a linha esteja operando por volta de 2033.
O traçado da Linha 16-Violeta
A proposta inicial do Metrô de São Paulo previa um trajeto que começava na estação Oscar Freire, passava por bairros como Jardim Paulistano, Paraíso e Aclimação, e seguia para a Zona Leste, terminando em Cidade Tiradentes. O objetivo era aliviar a demanda na Linha 15-Prata, que já opera na região.
No entanto, a Acciona apresentou uma alternativa ao governo, sugerindo um percurso mais centralizado, com 16 km e 15 estações, entre Oscar Freire e Abel Ferreira. A extensão até a Cidade Tiradentes ficaria para uma segunda fase. Além disso, a empresa propôs ajustes no traçado na região central, afastando a nova linha da Linha 6-Laranja, onde a Acciona é uma das principais parceiras.
Investimentos e sondagens
O comprometimento da Acciona com o projeto é evidente. A empresa já realizou sondagens de solo por conta própria, mesmo antes da autorização oficial. Em janeiro de 2024, a Secretaria de Parcerias em Investimentos aprovou o ressarcimento de até R$ 42 milhões para que a empresa aprofunde os estudos técnicos.
Apesar de levar vantagem por conhecer detalhes do projeto, a Acciona terá de competir com outras empresas no leilão. A concorrência é parte fundamental do processo, garantindo transparência e melhores condições para o estado.
Desafios e próximos passos
Entre maio e novembro, o governo precisará definir a modelagem do projeto, realizar consultas públicas e audiências para ouvir a população e ajustar eventuais pontos de melhoria. Além disso, será necessário preparar o projeto executivo, que inclui detalhes como desapropriações e licenças ambientais.
A expectativa é que a Linha 16-Violeta traga benefícios expressivos para o transporte na cidade, reduzindo o tempo de deslocamento e melhorando a qualidade de vida dos usuários. Com um investimento estimado em bilhões de reais, o projeto é um dos mais complexos da atualidade.
FAQ
1. Quando o leilão da Linha 16-Violeta deve acontecer? O leilão está previsto para novembro de 2024, após a entrega dos estudos preliminares pela Acciona.
2. Qual é o traçado proposto pela Acciona? A empresa sugere um percurso de 16 km, com 15 estações, entre Oscar Freire e Abel Ferreira, deixando a extensão até Cidade Tiradentes para uma segunda fase.
3. Quanto tempo levará para a linha ficar pronta? A previsão é que as obras durem cerca de 7 anos, com a linha entrando em operação por volta de 2033.
4. A Acciona já começou a trabalhar no projeto? Sim, a empresa realizou sondagens de solo por conta própria e recebeu autorização para aprofundar os estudos técnicos.
5. Quais são os próximos passos antes do leilão? O governo precisará definir a modelagem do projeto, realizar consultas públicas e audiências, além de preparar o edital de concessão.