Nos próximos anos, o setor de infraestrutura brasileiro será palco de transformações importantes com uma série de concessões hidroviárias e portuárias em planejamento. O objetivo dessas iniciativas é fomentar a eficiência logística, ampliar a competitividade no comércio exterior e atrair investimentos privados. Entidades como a Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e o Ministério de Portos e Aeroportos estão à frente das ações que prometem modificar a estrutura logística do país.
Concessões hidroviárias: Paraguai e Tocantins em destaque
Duas hidrovias estão em evidência no calendário de concessões. O projeto da hidrovia do Paraguai está em estágio avançado e sua consulta pública deve ser iniciada ainda este ano. A Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), vinculada à Casa Civil, é a responsável por coordenar o processo. Já a concessão da hidrovia do Tocantins está sendo finalizada pelo BNDES, com etapas preliminares agendadas para o início de 2024 e a previsão de audiências públicas no segundo semestre do mesmo ano.
Essas hidrovias são importantes para o transporte de cargas em regiões de alta produção agrícola e mineral. A previsão é de que, além de melhorar a logística interna, elas sejam determinantes para reduzir custos operacionais e ampliar o alcance das exportações brasileiras.
Leilões e investimentos
Na esfera portuária, a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) está na vanguarda dos próximos leilões, com o canal e áreas livres previstos para serem licitados em 2026. O investimento total deve alcançar R$ 1,77 bilhão, indicando o impacto relevante para a economia local e nacional.
Além disso, estão no radar os canais de acesso dos portos de Santos–SP e Rio Grande–RS. Embora os investimentos exatos ainda estejam sendo analisados, a relevância desses projetos para a logística de exportação e importação é inegável, consolidando o papel desses terminais no escoamento de cargas brasileiras.
Certames imediatos
Ainda este mês, acontecem os leilões de diversas áreas portuárias. Um dos destaques é o Terminal Greenfield, no Porto de Itaguaí–RJ, destinado a granéis minerais. Com uma concessão de 35 anos, o projeto prevê um investimento de R$ 3,85 bilhões.
Outros dois terminais serão leiloados no Porto de Santana–AP e no Porto de Maceió–AL. Estes últimos, classificados como Brownfield, apresentam investimentos menores, estimados em R$ 88,8 milhões e R$ 6,18 milhões, respectivamente. No entanto, sua modernização será essencial para melhorar a operação regional.
Perspectivas
O avanço dessas concessões marca um momento de transição no modelo de gestão de infraestrutura no Brasil, priorizando a parceria público-privada. O foco está em atrair investidores para projetos com alto potencial de retorno, garantindo melhorias operacionais e maior competitividade no mercado.
A expectativa é de que o setor hidroviário e portuário seja amplamente beneficiado por inovações tecnológicas, maior eficiência e sustentabilidade nas operações. Além disso, essas concessões podem gerar empregos, movimentar economias locais e atrair novos negócios para o país.
FAQ
1. Qual é a importância da concessão da hidrovia do Paraguai? A hidrovia do Paraguai é crucial para o transporte de cargas agrícolas e minerais, conectando regiões produtivas ao mercado externo de maneira eficiente.
2. Quando começam os preparativos para a concessão da hidrovia do Tocantins? Os preparativos iniciais começam em janeiro de 2024, com audiências públicas previstas para julho.
3. Quais são os destaques do leilão no Porto de Itaguaí–RJ? O Terminal Greenfield, voltado para granéis minerais, terá concessão de 35 anos e investimentos previstos de R$ 3,85 bilhões.
4. Qual o impacto econômico dos leilões previstos para 2026? Projetos como o da Codeba devem atrair investimentos significativos, gerando empregos, modernizando estruturas e melhorando a logística portuária.
5. Quem está à frente desses projetos? A coordenação está a cargo da Antaq, do BNDES, da Secretaria Especial do PPI e do Ministério de Portos e Aeroportos.