A Vale finalmente apresentou ao IEMA – Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – órgão responsável pelo licenciamento – os estudos necessários para o Ramal Sul da Ferrovia Vitória-Minas. O documento, essencial para avançar no projeto, chegou mais de um ano depois do prazo inicial. A empresa havia se comprometido a entregar a análise em janeiro de 2024, mas só agora cumpriu a etapa.
O trecho planejado, com cerca de 80 km, ligará Santa Leopoldina ao Porto de Ubu, em Anchieta. A demora gera incertezas sobre os próximos passos, incluindo desapropriações e liberação de licenças. Enquanto isso, o governo do Espírito Santo aguarda explicações e cobra agilidade.
Cronograma em xeque
Em julho de 2023, a Vale afirmou que as licenças ambientais e as mais de 700 desapropriações necessárias estariam concluídas até julho de 2024. A previsão era que a ferrovia ficasse pronta em 2030. No entanto, o atraso no estudo ambiental coloca em dúvida esse planejamento.
Autoridades estaduais já marcaram uma reunião para 16 de abril no Palácio Anchieta, sede do governo capixaba, para discutir o andamento das obras. O projeto é visto como fundamental para escoamento de produção, mas depende de aval ambiental e negociações com proprietários de terrenos.
Pressão do governo federal
O Ministério dos Transportes acompanha de perto a situação, já que a Ferrovia Vitória-Minas é uma concessão federal operada pela Vale. Há expectativa de que o traçado sul possa ser concluído com menor custo e maior rapidez, mas os entraves burocráticos ainda são um obstáculo.
A demora nos processos preocupa investidores e setores logísticos, que esperam ganhos em eficiência com a nova rota. Enquanto a Vale não avança nas etapas necessárias, o projeto segue lentamente.
FAQ – Tudo o que você precisa saber
1 – Por que a Ferrovia do ES está atrasada? O estudo ambiental, etapa crucial para o licenciamento, foi entregue com mais de um ano de atraso pela Vale, atrasando todo o cronograma.
2 – Qual o próximo passo para a obra? Agora, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos precisa analisar os documentos e emitir as licenças, enquanto as desapropriações devem ser negociadas.
Quando a ferrovia deve ficar pronta? A previsão inicial era 2030, mas o atraso no licenciamento pode adiar ainda mais a conclusão.