O Governo Federal está empenhado em encontrar novos parceiros para a Bamin, empresa de mineração localizada na Bahia. Enquanto o BNDES e a Vale assumem a maior parte do projeto, 20% da empresa estão sendo oferecidos a investidores interessados. A iniciativa visa retomar obras paralisadas e garantir a continuidade de projetos essenciais para a região.
O que está em jogo no negócio da Bamin
A Bamin é dona de três grandes empreendimentos na Bahia: uma mina de minério de ferro em Caetité, o primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, em Ilhéus. A empresa, que pertence ao grupo Eurasian Resources Group, com sede em Luxemburgo, enfrenta dificuldades para avançar nos projetos, o que levou o governo a intervir.
A Vale já está em fase final de negociação para adquirir 30% da Bamin, enquanto o BNDES ficará com 50%. Os 20% restantes estão disponíveis para outros investidores. O pacote inclui a mina de Pedra de Ferro, o trecho inicial da Fiol e o terminal portuário, que devem receber investimentos próximos a R$ 20 bilhões.
Oportunidades e desafios na Bahia
A Fiol, com 537 km, conectará Caetité a Ilhéus, integrando a produção de minério ao terminal marítimo. Atualmente, cerca de 75% da ferrovia está concluída, mas as obras estão paradas. O Porto Sul, por sua vez, ainda não saiu do papel, o que compromete a logística de escoamento da produção.
O governo, por meio do Ministério dos Portos e Aeroportos, garantiu um financiamento de R$ 4,6 bilhões para o terminal, utilizando recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM). A expectativa é que, até 2026, a produção de minério de ferro atinja 26 milhões de toneladas por ano, com a Fiol e o Porto Sul em pleno funcionamento.
Por que investir na Bamin?
Para os investidores, a Bamin representa uma chance de participar de um projeto de grande escala, com potencial para impulsionar a infraestrutura logística do país. A mina de Pedra de Ferro, já em operação, tem capacidade para produzir 20 milhões de toneladas por ano, mas atualmente está limitada a 1 milhão. Com a conclusão da Fiol e do Porto Sul, a expectativa é que esses números cresçam exponencialmente.
Além disso, o terminal portuário em Ilhéus deve incluir, no futuro, um espaço dedicado ao escoamento de grãos, ampliando ainda mais suas possibilidades de uso.
O que falta para o projeto decolar?
Apesar do potencial, os desafios são grandes. As obras da Fiol e do Porto Sul estão paralisadas, e a Bamin não conseguiu atrair sócios nos últimos anos. O grupo atual, que investiu US$ 1,2 bilhão na empresa, busca recuperar esse valor ao deixar o negócio.
A entrada da Vale e do BNDES pode ser o impulso necessário para retomar as atividades. No entanto, a participação de novos investidores é crucial para garantir a continuidade dos projetos e evitar novos atrasos.
FAQ
1. Quais são os principais projetos da Bamin? A Bamin é responsável pela mina de Pedra de Ferro, o primeiro trecho da Fiol e o Porto Sul, todos localizados na Bahia.
2. Quem são os principais envolvidos no negócio? O BNDES ficará com 50% da Bamin, a Vale com 30%, e os 20% restantes estão sendo oferecidos a investidores.
3. Qual é o valor do financiamento para o Porto Sul? O Ministério dos Portos e Aeroportos garantiu um empréstimo de R$ 4,6 bilhões para a construção do terminal.