O projeto de expansão do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte (RMBH) deu um passo importante para a concretização das alças Sul e Sudoeste, com a possibilidade de destinação de recursos provenientes do Acordo de Mariana. Assinado recentemente, o acordo, que faz parte dos esforços de reparação pelos danos ambientais, pode financiar uma fase adicional do projeto. A execução das novas alças visa proporcionar maior eficiência na infraestrutura da região, reduzindo o trânsito urbano e favorecendo o desenvolvimento local.
[h2] Primeira Fase do Projeto e Desafios da Expansão
O Rodoanel já possui em operação as alças Oeste e Norte, com aproximadamente 70 km de extensão e investimentos que somam R$ 5 bilhões. Desses, cerca de R$ 3,072 bilhões provêm do Acordo de Brumadinho, enquanto o restante é financiado pela concessionária Rodoanel BH S/A. No entanto, o avanço para a segunda fase — que inclui as alças Sul e Sudoeste — enfrenta desafios financeiros consideráveis, principalmente devido à complexidade da obra, que requer a construção de 5 km de túneis, elevando significativamente o custo total para R$ 5 bilhões, mesmo com uma extensão menor de 30 km.
A construção dessas alças aumentará o comprimento total do Rodoanel para 100 km, abrangendo 11 cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Segundo o CEO da concessionária, Celso Paes, os recursos oriundos do Acordo de Mariana são fundamentais para viabilizar essa etapa, uma vez que o contrato de concessão inclui um “gatilho” que permite a realização de novos investimentos mediante aporte financeiro adicional.
Expectativas para redução de tráfego e benefícios ambientais
O projeto do Rodoanel visa promover melhorias significativas para o tráfego urbano, com uma estimativa de redução no tempo de viagem entre 30 e 50 minutos para os motoristas. O Rodoanel deverá retirar aproximadamente 5 mil caminhões por dia das ruas centrais de Belo Horizonte, descongestionando a área urbana e reduzindo a emissão de poluentes.
As alças Sul e Sudoeste da rodovia incluirão a construção de viadutos e túneis, projetados para serem de classe 0, um padrão de excelência em infraestrutura rodoviária. Essa obra também se destaca pelo sistema de pedágio free-flow, onde os motoristas pagam apenas pelo trecho percorrido. O sistema utiliza portais com sensores e câmeras de reconhecimento óptico de caracteres (OCR), eliminando a necessidade de praças de pedágio convencionais.
Benefícios para a economia e o setor da construção civil
Além das melhorias de infraestrutura e benefícios diretos para a mobilidade urbana, o Rodoanel promete movimentar o setor de construção civil da RMBH. A concessionária já planeja, como parte do contrato de concessão, a contratação de mão de obra local, priorizando empresas e fornecedores da região. De acordo com Celso Paes, o objetivo é estimular o desenvolvimento econômico local, gerando empregos e fortalecendo a cadeia de fornecedores de suprimentos e materiais para a obra.
O planejamento prevê que as obras das alças Sul e Sudoeste tenham início em junho de 2025. Entretanto, a concessionária atualmente concentra esforços em processos burocráticos e técnicos, como a finalização dos projetos executivos e a obtenção de licenças ambientais. Esse prazo poderá ser alterado, dependendo da aprovação desses documentos pelo governo estadual.
Como o acordo de mariana pode contribuir para o projeto?
Assinado no dia 25 do último mês, o Acordo de Mariana se destina a promover ações de reparação aos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. A expectativa é que parte desses recursos seja alocada no financiamento das novas alças do Rodoanel, impulsionando o avanço da infraestrutura na região. Para que o financiamento seja oficialmente liberado, o governo estadual ainda precisa formalizar os trâmites necessários para acionar a cláusula de investimentos adicionais prevista no contrato de concessão.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Qual é a extensão total do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte?
A rodovia completa terá cerca de 100 km de extensão, após a finalização das alças Sul e Sudoeste.
2. Qual o custo estimado para a construção das alças Sul e Sudoeste?
O custo estimado é de R$ 5 bilhões, em função da construção de túneis e viadutos que elevam o orçamento da obra.
3. Qual o impacto ambiental e econômico da obra?
A rodovia reduzirá o tráfego urbano em Belo Horizonte, promovendo menor emissão de poluentes e estimulando o setor da construção civil da RMBH, por meio da contratação de fornecedores e mão de obra local.
4. O que é o sistema de pedágio free-flow?
O sistema free-flow permite que o pedágio seja cobrado conforme o trecho utilizado, sem a necessidade de praças de pedágio. Esse sistema é viabilizado por portais equipados com sensores e câmeras de OCR.
5. Quando começam as obras das alças Sul e Sudoeste?
O início das obras está previsto para junho de 2025, após a aprovação dos projetos executivos e das licenças ambientais.