Enquanto Estados Unidos e China trocam farpas com o aumento de tarifas, o Brasil pode ser uma alternativa para o comércio internacional. Produtos como café, soja e etanol ganham espaço no mercado global, já que as taxas brasileiras são menores que as dos concorrentes.
O Ministério da Agricultura já sinalizou que o país está pronto para aproveitar essa oportunidade. Enquanto gigantes econômicos brigam, o agro nacional pode abastecer ambos os lados, além de ainda conquistar novos compradores.
O café brasileiro pode dominar onde o Vietnã perde terreno
O Vietnã é o segundo maior exportador de café do mundo, mas as altas tarifas impostas pelos EUA podem encarecer seu produto em até 30%. Enquanto isso, o café brasileiro, líder global em produção, tem custo apenas 10% mais alto.
Para importadores, a conta é simples: o Brasil se torna a opção mais viável. E não só para os americanos. A China, que também taxou produtos agrícolas dos EUA, pode migrar suas compras para fornecedores brasileiros.
Soja e Carne
A China é o maior comprador de soja do mundo, e grande parte vinha dos EUA. Com uma tarifa de 84% sobre produtos americanos, o caminho natural é buscar alternativas, e o Brasil é o principal candidato.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA alerta para riscos em alguns setores, mas também reconhece a janela de oportunidade. Se o país agir rápido, pode consolidar sua posição como fornecedor global de commodities agrícolas.
O etanol brasileiro
Enquanto o etanol americano fica mais caro por causa das tarifas, o produto brasileiro se destaca não só pelo preço, mas também pela sustentabilidade. O Ministério da Agricultura já declarou que o etanol nacional é o mais limpo do mundo, um trunfo para negociações internacionais.
Com países buscando fontes de energia menos poluentes, o Brasil pode ampliar suas exportações e atrair novos mercados.
Produtos em risco
Além das oportunidades, a CNA aponta que alguns itens, como sebo bovino e madeira perfilada, dependem muito do mercado americano. Se as tarifas afastarem os EUA, esses setores podem sofrer.
O suco de laranja, por exemplo, tem 90% das exportações direcionadas aos EUA. Sem diversificação, o impacto pode ser forte. O desafio agora é buscar novos compradores antes que a guerra comercial afete demais esses segmentos.
FAQ – Tudo o que você precisa saber
1. Por que o café brasileiro pode se beneficiar? Com tarifas menores que as do Vietnã, o produto nacional se torna mais atrativo para EUA e outros mercados.
2. A China vai mesmo comprar mais soja do Brasil? Tudo indica que sim. Com taxas altíssimas sobre a soja americana, os chineses devem buscar fornecedores alternativos.
3. Quais produtos podem sofrer com as tarifas? Itens como suco de laranja e sebo bovino, que têm os EUA como principal destino, podem enfrentar dificuldades.