O grupo Comporte Participações S.A garantiu a concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade com uma proposta que surpreendeu. A empresa ofereceu um abatimento de 2,57% sobre os valores a serem repassados pelo governo paulista, gerando uma economia próxima a R$ 1 bilhão nos próximos anos. O leilão, realizado na B3, promete uma nova fase para o transporte ferroviário na região metropolitana.
Os trilhos paulistas sob nova concessão
O pacote inclui a gestão de 124 km de malha ferroviária, beneficiando o Alto Tietê, Guarulhos e a zona leste da capital. Com investimentos previstos de R$ 14,3 bilhões e prazo de 25 anos, o projeto promete transformar a rotina de milhões de passageiros. A assinatura do contrato deve ocorrer até junho de 2025, acelerando as primeiras ações no setor.
Mais vagões, menos espera
Uma das grandes promessas é a redução nos intervalos entre os trens. Na Linha 11-Coral, por exemplo, a espera cairá para 3 minutos nos trechos mais movimentados. Já a Linha 12-Safira terá trens a cada 3 minutos e 15 segundos, enquanto a Linha 13-Jade reduzirá seu tempo para 10 minutos entre as composições. Melhorias que devem agilizar o dia a dia de quem depende desses trajetos.
Novas estações e trilhos expandidos
O plano prevê a construção de dez estações, reformas em 24 e a reconstrução total de quatro. A Linha 11 ganhará 4 km de extensão, chegando a Mogi das Cruzes. A Linha 12 avançará até Suzano, e a Linha 13 será ampliada para Guarulhos e a zona leste, atendendo a uma demanda histórica dos moradores.
Geração de empregos
A operação deve criar cerca de 15 mil vagas em setores como construção civil, operação ferroviária e manutenção. Durante as obras, milhares de profissionais serão contratados e, após a conclusão, novos postos permanentes surgirão para garantir a eficiência do sistema. Um impulso e tanto para o mercado de trabalho na região.
Integração que conecta São Paulo
O projeto não se limita a melhorias isoladas. Haverá conexões diretas com a Linha 2-Verde do Metrô e outras rotas, facilitando os deslocamentos. O Expresso Aeroporto, por exemplo, terá parada em Gabriela Mistral, integrando-se a outras linhas e reduzindo o tempo de viagem para quem se dirige a Guarulhos.
O governo paulista tem priorizado a expansão ferroviária, e essa concessão é mais um passo nessa direção. Com metas claras e investimentos robustos, a expectativa é que, até 2040, as três linhas transportem juntos 1,3 milhão de passageiros por dia, aliviando o trânsito e melhorando a qualidade de vida na metrópole.
A experiência da Comporte e CRRC
O grupo vencedor já administra a Linha 7-Rubi e o Trem Intercidades que ligará São Paulo a Campinas. A parceria com a CRRC, uma das maiores fabricantes de trens do mundo, garante expertise técnica e inovação nos projetos. Uma combinação que promete entregar resultados acima da média.
Além dessas linhas, o estado prepara novos leilões, como o Túnel Imerso Santos-Guarujá e a Linha 16-Violeta. A Sabesp, após sua desestatização, já injetou R$ 260 bilhões em recursos, mostrando que o modelo de parcerias tem dado certo. O futuro do transporte em São Paulo parece estar sobre trilhos sólidos.
FAQ – Tudo sobre as novas linhas de trem
1. Quando as melhorias começam a funcionar? As primeiras mudanças devem ser percebidas após a assinatura do contrato, prevista para o primeiro semestre de 2025, com obras iniciando em seguida.
2. Quanto tempo levará para todas as estações ficarem prontas? O cronograma estima que as principais expansões e reformas sejam concluídas nos primeiros 5 a 7 anos da concessão.
3. Haverá aumento na tarifa? O valor da passagem será definido pelo governo, mas a concessão prevê equilíbrio entre investimentos e preços acessíveis, sem aumentos abruptos.