O Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina, passará por uma ampliação de área. O plano prevê a inclusão de 6,2 milhões de metros quadrados (m²) na Área Continental de São Vicente, um território equivalente a 574 campos de futebol. Essa expansão, anunciada pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pela Autoridade Portuária de Santos (APS), busca consolidar o protagonismo do Porto de Santos para impulsionar a economia regional.
A expansão
O novo território destinado à ampliação está localizado em uma região de mata virgem, situada entre o Conjunto Residencial Humaitá e as margens do Rio Santana, próxima ao km 280 da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega. Classificada como uma área “greenfield“, a extensão foi estrategicamente escolhida para otimizar a logística e a infraestrutura portuária sem impactar as operações existentes.
Além disso, a Prefeitura de São Vicente propôs incorporar o histórico Porto de Naus, que abrange uma área de 850 mil m². A região, onde foram erguidos o primeiro trapiche alfandegado e um engenho de açúcar, tem grande valor cultural e oferece a possibilidade de explorar novos acessos hidroviários, expandindo as conexões do Porto de Santos.
Projeções
Com a expansão, a área total do Porto de Santos poderá alcançar 20,4 milhões de m² em até 30 anos, o que representa um aumento de 162,4% em relação à poligonal atual. Essa incorporação incluirá 15 novas áreas distribuídas entre Santos, Guarujá, Cubatão e São Vicente.
A previsão é de que o decreto que regulamenta essa ampliação seja publicado em breve, possibilitando o início das obras e investimentos necessários para transformar essa visão em realidade. O plano foi recebido com otimismo pelo setor portuário, que projeta um crescimento no volume de cargas movimentadas e um aumento da competitividade do complexo no mercado internacional.
Impactos econômicos e ambientais
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Vicente, a instalação de empresas na nova área do Porto de Santos promete a criação de empregos diretos, estima-se que o entorno será beneficiado com o surgimento de negócios ligados à manutenção, alimentação, transporte e abastecimento. Esse efeito de “transbordamento econômico” fortalece a economia local e atrai novos investimentos.
Contudo, o projeto também levanta preocupações ambientais. A região de mata virgem na Área Continental de São Vicente abriga uma rica biodiversidade que poderá ser impactada. Para mitigar esses efeitos, será fundamental que as ações de expansão sejam acompanhadas por estudos de impacto ambiental rigorosos e programas de compensação ambiental, garantindo um equilíbrio entre desenvolvimento e preservação.
A importância do Porto de Santos
O Porto de Santos é um dos principais motores da economia brasileira, sendo responsável por cerca de 28% das exportações nacionais. Sua ampliação permitirá não apenas um aumento na capacidade de movimentação de cargas, mas também maior eficiência logística e competitividade internacional.
As novas áreas possibilitarão o armazenamento de cargas em maior volume, a ampliação de terminais e a criação de novos acessos terrestres e hidroviários. Esses avanços reforçam o papel estratégico do porto na integração do Brasil às cadeias globais de comércio.
FAQ – Principais perguntas sobre a expansão do Porto de Santos
1. Qual é a área total que será incorporada no plano de expansão? O plano prevê a incorporação de 6,2 milhões de m² na Área Continental de São Vicente e 850 mil m² no Porto de Naus. Ao todo, o Porto de Santos poderá atingir 20,4 milhões de m² em até 30 anos.
2. Quais os benefícios econômicos esperados para a região? A expansão promete gerar empregos diretos e indiretos, além de impulsionar negócios locais em setores como manutenção, alimentação, transporte e logística. Esse impacto econômico positivo deve atrair novos investimentos para a região.
3. A expansão causará impactos ambientais? Sim, a ampliação incluirá áreas de mata virgem, o que poderá gerar impacto na biodiversidade local. Por isso, estudos de impacto ambiental e medidas compensatórias serão essenciais para equilibrar desenvolvimento e preservação ambiental.